Uma história engraçada

A história a seguir foi retirada na integra do site da FEPAI. Vale a pena ler.

Lapso Momentâneo da Razão - Leiji Nishida

  O incidente ocorreu no Domingo, já próximo do encerramento do seminário com Isoyama Sensei. Após passar quase 10 horas filmando as aulas, vendo a mesma rotina se suceder: "mestre mostra a técnica, todos treinam a técnica..." já estava ficando com o cérebro anestesiado, quando Isoyama Sensei resolveu quebrar a rotina, parando o treino e dizendo que iria mostrar o "KI". 

  Após sair imediatamente do estado anestésico, corri até a beira do tatami para documentar de perto tal proeza. Após uma "leve" demonstração, derrubando o Sensei Brazil com apenas um dedo, Isoyama Sensei começou a chamar os quatro praticantes mais fortes que estavam sobre o tatami. Neste momento começava a real demonstração do "KI". O Sensei fez com que os quatro escolhidos segurassem seus braços e pediu para que tentassem erguê-lo. Incrivelmente, ninguém conseguiu tirá-lo do chão. Mas o mais incrível ainda estava por vir. Isoyama Sensei começou a dizer "Vou subir...vou subir..." e então, começou a sair do chão aos poucos, como se controlasse o seu próprio peso. Como num estado hipnónico, fiquei observando a "subida" do Isoyama Sensei e, só quando ele chegou no ponto mais alto, notei que a câmera estava filmando apenas as suas pernas. Num ato corretivo instantâneo, tentei focalizá-lo no alto, mas o Sensei já estava começando sua descida, dizendo "Vou descer... Vou descer...". Naquele instante, percebi que tinha perdido um dos grandes momentos do dia.

  Ao término do seminário, fui conversar com o Denis, que estava filmando no todo o evento por outro ângulo e que iria me salvar daquele lapso momentâneo da razão. O problema viria com o seu primeiro comentário - "Sabe quando o Sensei começou a subir? Eu fiquei olhando e esqueci de mover a câmera... Espero que você tenha filmado direito..."

  Quais eram as chances disso acontecer a nós dois? A única explicação é que o "KI" do Sensei era tão forte que afetou não somente os quatro que estavam segurando, mas também todos que estavam ao seu redor, fazendo com que todos acompanhassem o seu movimento de forma inconsciente. Portanto, o lapso na filmagem foi devido à força excessiva do "KI" do Isoyama Sensei. Assim, qualquer reclamação referente à filmagem, deve ser dirigida ao Isoyama Sensei. 

Como ter uma base firme?

No Aikido fala-se muito em se ter uma base firme. Mas o que isso significa? E como conseguir isso?

O Aikido, assim como qualquer movimento que tenha se difundido amplamente, possui uma base. Uma base de sustentação na qual todos podem crescer e se desenvolver. Nossa base começa com o Fundador do Aikido - Morihei Ueshiba. Ou mesmo antes, com todas as influências que precisou vivenciar para poder, então, criar o Aikido.

Mas nosso objetivo agora é falar um pouco sobre a Base na qual o Aikido Bauru se sustenta e sustenta seus atuais praticantes.

As fotos a seguir contam um pouco dessa história. De como a arte foi introduzida na cidade e como veio se estabelecendo para que hoje possamos receber seus conhecimentos.

O Aikido em Bauru teve inicio no ano de 1993 com o Sensei João Henrique Stacchini Trezza, um jovem vindo de São Paulo para cursar Rádio e TV na Unesp em Bauru, sendo acolhido nas academias de BJC e Budokan dos senseis Artemio Caetano Filho e Lauro Cavalieri. Apesar da pouca idade foi um dos mais jovens faixas pretas a se formar pela FEPAI - Federação Paulista de Aikido e em Bauru já era Nidan (faixa preta - 2º grau).

O Sensei João Henrique desenvolveu um trabalho sério e que deixou raízes na figura de Márcio Mendonça Nacamura, filho da terra bauruense, atual representante da FEPAI - Federação Paulista de Aikido em nossa cidade.

 BAC

Visita do Shihan Makoto Nishida, Sensei Lemos, Sensei Fumie e Sensei Rafael de São Paulo

Projeto Social no bairro Nova Esperança. 

Apresentação no SESI

Treino no Parque Vitória Régia

Seminário em São Paulo

Seminário em São Paulo

Seminário em São Paulo - 2006. Lucas, Emanuel, Chiquinho Scarpa, Silmar, Rudi e Keiti

Exame de faixa em São Paulo - 2009

Muitos chegaram, trouxeram algo, permaneceram por algum tempo e partiram. Cada um que chega encontra outros que chegaram antes ou que chegam depois dele.  Cada um que vem também pode evoluir enquanto fica. Assim foi se formando a história e a base do Aikido Bauru. Esta base é o chão onde todos pisam e podem se desenvolver na arte da paz.

E agora respondendo a pergunta do título deste post: Como ter uma base firme? - Com uma palavra a todos que contribuíram e contribuem para que o Aikido e o Aikido Bauru exista. OBRIGADO!

Para terminar esta longa história, outra bela história contada por um filósofo chamado Bert Hellinger.

Um jovem perguntou a um velho:
"O que distingue você,
que quase já foi,
de mim, que ainda serei?"

O velho respondeu: "Eu fui mais.

De fato, o dia novo que surge
parece ser mais do que o velho,
pois este já foi antes dele.

Todavia, embora ainda esteja nascendo,
só poderá ser o que ele foi,
e tanto mais
quanto mais ele tiver sido.
Como o velho, em seu tempo,
ele se eleva até o meio do dia,
chega ao pino antes do pleno calor
e parece demorar-se no alto
-quanto mais tempo, melhor-
até que declina para o poente,
como que arrastado
por seu peso crescente,
e só se completa quando,
como o velho,
tiver sido plenamente.

Entretanto, o que já foi não passou,
porque foi, permanece.
Embora tenha sido, ele atua
e se acresce através do novo
que vem depois dele.

Como a gota redonda
de uma nuvem que passou,
o que já foi mergulha
num oceano que permanece.

Somente o que nunca chegou a ser
porque foi apenas sonhado, não vivido,
apenas pensado, mas não realizado,
apenas idealizado, mas não pago
como preço pelas nossas escolhas:
somente isso passou;
disso, nada nos resta.

O Deus do momento oportuno
nos aparece, portanto, como um jovem
com uma franja na frente e uma careca atrás.
Pela frente, o apanhamos pela franja.
Por trás, tateamos o vazio".

O jovem perguntou:
"Que devo fazer,
para me tornar
o que você foi?"

O velho respondeu: "Seja!"